VIRGÍLIO BRAGA
A Polícia Militar juntamente
com a Secretaria de Assistência Social de Pancas, Conselho Tutelar, Ministério
Público do Espírito Santo (MP-ES), Justiça do município, e Defensoria Pública,
lançaram na última terça-feira (14), o Projeto “Visitas Tranquilizadoras No
Âmbito Violência Doméstica Contra a Mulher”, Lei Maria da Penha. O evento
aconteceu no auditório do Centro de Referência da Assistência Social (Cras),
situado no Bairro Nílton Sá. O capitão PM Ricardo, comandante da 3ª Companhia do 8º Batalhão,
e o sargento Ademir, que vai coordenar o projeto em Pancas explicaram por
detalhes toda a ação da PM e dos outros órgãos. O sargento fará as visitas
juntamente com a soldado Raiane. Segundo o capitão Ricardo, Pancas tem
registrado muitos casos de agressões de esposos, namorados, ou coisa parecida,
contra suas mulheres. - O Espírito Santo
é o Estado em que mais mata mulheres - Só neste ano foram registrados trinta
casos de agressões em Pancas. Além da presença do capitão Ricardo, sargento
Ademir, o lançamento contou com as presenças da presidente do Conselho Tutelar
de Pancas, Elenilda Medeiros da Rocha Costa e sua equipe, os funcionários de
diversas Secretarias Municipais, do secretário de Assistência Social, Eraldo
Cavicchini Matos; o de Saúde, Márcio Marques dos Reis; o de Esporte, Bráulio
Corrá; o presidente da Câmara de Vereadores, Valdeci Basto, o Nenego (PSL), o
vereador Joselito Lourenço (PRP), o prefeito Agmair Araújo, o Guima (PRP), e
diversos policiais militares: sargento Ronaldo, comandante do DPM de Pancas; o
competente cabo Henrique; sargento Rayner, comandante do DPM de Alto Rio Novo; além
do aspirante a oficial PM Vieira; e a soldado Monteiro, que fez o cerimonial do
evento com muita competência. A soldado, que é estudante do curso de Direito, tem se destacado na corporação, principalmente no programa Proerd, da Polícia
Militar de Alto Rio Novo. Veja abaixo todos os detalhes desse importante
projeto.
APRESENTAÇÃO:
Este projeto desenvolvido em
Pancas é uma adaptação do programa criado pelo Governo do Estado, pois integra
tanto o Poder Estadual (Polícia Militar), como também o Poder Executivo
Municipal (Secretarias Municipais), o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Esta integração se faz necessária para a
defesa na preservação da vida na busca de soluções próprias e formais para o
combate à prática da violência doméstica contra a mulher no município de
Pancas.
OBJETIVOS
Assistir às mulheres que
registram ocorrência de violências domésticas no município de Pancas, com o
devido acompanhamento: acompanhar os agressores visitas esporádicas,
verificando seu comportamento após a queixa e na iminência de uma possível
responsabilidade judicial. Formalizar com o apoio do Judiciário, que todos os
agressores passem a assistir palestras elaboradas pela equipe multidisciplinar,
em que serão direcionados a rever conceitos e discutir suas práticas e atitudes
agressivas. Avaliar com o apoio do Conselho Tutelar, as condições em que vivem
as crianças das famílias que vivenciam a violência doméstica. Elaborar
relatórios de visitas a fim de serem avaliados pelo MP, PM, Creas, e outros
órgãos diretamente envolvidos.
MOTIVO DAS AGRESSÕES
O uso abusivo de álcool e
ainda uma cultura de machismo exacerbado se apresentam como razões que
potencializam ou mesmo motivam a prática de violência contra a mulher no
contexto assinalado. A dependência financeira da mulher em relação ao homem se
constituiu como fator determinante para que a mulher continue a conviver na
mesma residência que o suposto agressor.
FORMAS DE VIOLÊNCIAS
Violência física; psicológica,
ou emocional; verbal; sexual; patrimonial; e moral.
MAIS FUNÇÕES
Acompanhar o agressor, com
visitas esporádicas, a fim de monitorar seu comportamento após o indiciamento
pela Polícia Civil, estando na iminência de uma possível responsabilização
judicial; Remeter todas as ocorrências atendidas dessa natureza, juntamente com
o relatório produzindo para o Ministério Público local, para o Creas e para o
Conselho Tutelar, quando couber.
FUNÇÃO DE CADA ÓRGÃO
PODER JUDICIÁRIO
Intimar os agressores a
assistirem palestras de cunho informativo sobre a Lei nº 11.340, de 07 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). As referidas palestras serão ministradas
por Militares Estaduais, Assistentes Sociais, Psicólogos, de maneira periódica
no local a ser determinado pela autoridade judicial.
CREAS E CRAS
Avaliar as condições da
vítima no sentido de identificar a necessidade de assistência médica, jurídica
ou psicológica, procedendo aos devidos encaminhamentos. Nos casos mais
relevantes providenciar junto à Secretaria de Assistência Social a remoção
dessa vítima para uma pensão, ou algo equivalente para cessar o iminente risco
de vida.
CONSELHO TUTELAR
Nos casos que existam
crianças envolvidas, o Conselho Tutelar terá o papel de assistir esses menores,
atribuindo-se das responsabilidades inerentes com vistas a salvaguardar a
integridade física e psicológica dos envolvidos. Fonte: Polícia Militar
FOTOS: VIRGÍLIO BRAGA
Capitão Ricardo, comandante da 3ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar |
Sargento Ademir explica o projeto, em evento realizado no auditório do Cras, com várias pessoas presentes |
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