O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais
de Pancas (SISPMP) emitiu nota de repúdio na última sexta-feira (22) contra a
atual administração de Pancas, comandada pelo prefeito Sidiclei Giles (PDT). O
Sispmp se solidariza e afirma que a administração vem praticando atos
arbitrários contra servidores do município. O presidente do Sispmp, Braz Luiz
Riva, teve seus vencimentos suspensos por duas vezes, através de Procedimento
Administrativo Disciplinar (PAD), e pelo período de três meses cada procedimento.
O Sindicato ainda cita nomes de três servidores, que, segundo ele, os mesmos
sofreram sanções arbitrárias por parte da prefeitura. “O SISPMP vem a público se solidarizar
com os servidores que vêm sofrendo sanções de forma arbitrária por represália a
sua liberdade de expressão como o caso dos servidores Braz Luiz Riva, que é
presidente da instituição, da servidora Clarisse Oliveira Gobbo Hoffmann, Gina
Karla Reis de Oliveira, dentre outros. Inadmissível a forma de condução de
servidor público como empregado particular, sem estrutura para trabalho, EPI
correto, entre outras coisas. Temos servidores acuados, censurados, enquanto as
licitações duvidosas continuam e o período de caça às bruxas aos servidores
também. Lembrem todos que estamos em ano
eleitoral e essa triste realidade pode ser mudada, pois, se continuar, talvez
iremos estar numa ‘ditadura' em Pancas, o que não é admitido no estado democrático
de direito em que vivemos”, disse o Sispmp, em sua página do Facebook.
PREFEITO ARRUMOU “SARNA PARA SE COÇAR”
É nítido e notório que o prefeito de Pancas,
Sidiclei Giles (PDT), arrumou “sarna para se coçar” após notificar a servidora
e enfermeira Clarisse Oliveira Gobbo Hoffmann, no último dia 18. Tudo isso após
a mesma fazer uma publicação no Facebook cobrando e reivindicando melhorias
para o seu local de trabalho, uma unidade de saúde, localizada na zona rural do
distrito de Laginha. Após essa publicação, a servidora foi notificada pelo prefeito
para que a mesma explique as afirmações postadas em sua postagem.
Posteriormente, Clarisse recebeu uma convocação marcada para a próxima
quinta-feira (28), onde um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi
aberto contra a mesma. “Na oportunidade, convoco vossa senhoria para que, às
09h00 do dia 28 de maio de 2020 compareça na sala de reuniões da Prefeitura Municipal
de Pancas a fim de ser interrogada pela presente Comissão de Processo de Sindicância”,
diz um trecho do documento assinado pelo prefeito Sidiclei. Após tudo isso, diversas
pessoas repudiaram os atos do prefeito contra a enfermeira. Nas redes sociais diversos
internautas repudiaram os atos do prefeito e deram apoio à Clarisse. Até hashtag
em prol da enfermeira foi criada. Também, até organização de manifesto foi
marcado para o dia da audiência (28/05). A repercussão foi tão grande, que até
o Instituto Liberal do Espírito Santo (ILES) entrou na jogada. Ontem (24), O
Iles fez uma publicação em suas páginas das redes sociais contra os atos do
prefeito Sidiclei. O instituto liberal chegou a citar que existe “coronelismo
no Espírito Santo. O documento da convocação de Clarisse, um trecho da postagem
dela, e uma foto do prefeito também foram postadas na postagem do Iles. “Em ano
eleitoral, o prefeito de Pancas, Sidiclei Giles (PDT), está promovendo uma
verdadeira inquisição contra quem o critica na internet. Uma servidora efetiva
do município fez uma publicação nas redes sociais, expondo a realidade da
cidade, e o chefe do executivo não gostou nada. Por conta do post, a
funcionária está sofrendo pressão política e foi convocada para um interrogatório
em um processo de sindicância. Gostaríamos de informar ao coronel de Pancas que
estamos acompanhando a situação e não ficaremos calados, caso o prefeito
continue a usar o aparato estatal para perseguir a liberdade de quem pensa
diferente. Mais um caso vergonhoso no ES”, disse o Iles, comandado pelo jovem
Lucas Polese.
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