Psicóloga relata sobre
a importância de cuidarmos de nossa mente durante o isolamento social
A situação que estamos vivendo é única, ou
seja, nunca vivida antes. Perante isso, é nítido a sensação de insegurança
refletida em nós. Não temos um repertório de como agir em algo tão inédito em
nossas vidas e nos últimos meses o medo e o pânico têm feito parte de nosso
cotidiano, causando uma disfunção comportamental coletiva. Cuidados exigidos
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) são fundamentais para nos proteger
contra o vírus, mas devemos lembrar também que o cuidado com a saúde mental
nesta situação se torna tão importante quanto lavar as mãos. Estudos comprovam
que nosso cérebro reage de forma negativa quando não sabemos como será o dia de
amanhã, apresentando reações que transparecem em nossos comportamentos, como
uma forma de nos preparar para a luta. Em meio a toda essa pandemia, torna-se
inevitável nossa preocupação com nossa saúde e de nossos familiares, nosso
trabalho (se continuaremos com ele),
e até mesmo sobre quanto tempo durará tudo isso. Essas oscilações emocionais
podem atingir nosso sistema imunológico, fazendo com que nossa imunidade
diminua neste momento em que tanto precisamos de proteção.
Algumas
sugestões podem nos ajudar a atravessar esse período de forma mais saudável,
que são:
1. Reduzir nosso fluxo de informação,
restringindo o número de vezes que procuramos por notícias em relação ao vírus
em redes sociais, TVs, sites, etc. É essencial estarmos informados, porém o
grande número de notícias catastróficas, além de muitas fake news e
compartilhamentos de vídeos com conteúdos sem comprovação científica
ultimamente, tem agravado a saúde mental de muitas pessoas com predisposição a
apresentar sintomas compatíveis com a depressão e principalmente o aumento dos
transtornos de ansiedade. Devemos conter nosso impulso e filtrar o que precisa
ser visto ou não. Uma forma de regular isso seria estipular um horário pelo
turno da manhã, tarde ou noite para se informar sobre as notícias do mundo em
ambientes seguros.
2.
Estabelecer atividades rotineiras, mesmo que em casa, procurando fazer as
mesmas coisas ou algo parecido nos mesmos horários que fazíamos antes, como, por
exemplo, o trabalho (seja por home office) ou atividades físicas, entre outras
atividades de nossa preferência e que nos façam bem. Essa dica também vale para
as crianças. Estipular uma rotina é fundamental para que não haja um
agravamento no nível de ansiedade e comportamento dos pequenos, que se veem
presos em casa e sem poder ir à escola neste momento. Engajar em atividades
rotineiras faz com que nosso cérebro entenda que, dentro do possível, tudo está
tranquilo conosco, além de fazer com que consigamos parar o fluxo de
pensamentos intrusivos de catástrofes.
3.
Praticar exercícios de relaxamento, são muito importantes para controlar nosso
corpo em relação a situações ansiosas. Em momentos de extrema ansiedade nosso
cérebro emite sinais ao nosso corpo fazendo com que nosso coração aumente a
frequência de batimentos e nossa respiração se altere. Um controle da
respiração nestes casos faz com que nosso cérebro receba oxigênio necessário,
causando uma sensação de tranquilidade e um efeito de relaxamento. Um dos
exercícios mais fáceis de se fazer são as técnicas do Mindfulness, que são
facilmente encontradas em tutoriais pela internet. Perante isso, podemos afirmar
que cuidar de nossa saúde física e de nossas famílias é primordial neste
momento, mas não devemos negligenciar nossa saúde mental.
EUCILÉIA
VASCONCELOS MALTA
PSICÓLOGA
CRP16/7112
Graduada
em Psicologia
Pós-graduanda
em Neuropsicologia
Atendimentos
on-line e presenciais em São Gabriel da Palha- ES
Instagram:
@psi_leiavasconcelos
Siga o jornal O Mestre no Instagram: @jornalomestre
Parabéns Dr. Euciléia e Jornal O Mestre pela excelente matéria!
ResponderExcluirObrigada pelas dicas Dr. Euciléia Vasconcelos Malta.
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