ADRIANO CIPRESTE
Desta vez, a entrevista é com o poeta Ronis Faria de Souza, o Ronis Vila Verde.
1) Quando e onde nasceu?
Nasci no melhor lugar do mundo,
em 1976. Trata-se de Vila Verde, distrito do município de Pancas, que
fica no Noroeste do Espírito Santo. Lá, tive todas as experiências das
etapas primeiras e mais importantes da formação. Vila Verde tem a
exuberância das vilas do interior: dois rios, muitos bosques, muito ar
livre e espaço, pequenas montanhas e a Pedra do Irineu. Um lugar para o
exercício da imaginação, para ser feliz e, quem sabe, poeta.
2) Por quais escolas passou e qual sua formação?
Minha
formação da Educação Infantil ao Ensino Médio ocorreu no Colégio
Januário Ribeiro, exceto o magistério (Curso Normal), feito na Escola
Estadual Araribóia. Naquele momento, tomei a decisão de potencializar o
tempo e fazer o Curso Normal durante o dia e o científico à noite.
Sempre me gabei dessa decisão de, aos quinze anos, optar por conta
própria por estudar em dois turnos. Cumpre informar que entre uma escola
e outra havia uma distância de 36 quilômetros, que era percorrida em
ônibus escolares apinhados de estudantes de todos os níveis. Essa
decisão foi motivada pelo desejo intuitivo de aprofundar meus
conhecimentos. A convicção de que tomara a decisão certa veio quando o
êxito no concorrido vestibular de Letras, da Faculdade Castelo Branco
aconteceu. Essa, provavelmente, foi a primeira vitória do início da vida
adulta.
3) O que te levou a escrever?
A
escrita literária é sempre antecedida pela leitura literária abundante.
Todo escritor se torna autor devido ao contato direto com esse gênero de
arte. Tive uma infância e adolescência marcadas pela leitura. Isso
provavelmente me levou ao texto.
4) Quais seus livros publicados e quando publicou?
Em
1996, veio a público meu primeiro trabalho, o livro de poemas e
aforismos Primeiros Versos. Para organizar a produção, contei com a
ajuda inestimável da professora Carmem Altoé, minha primeira professora
de Teoria Literária. Confesso que ser autor de livro publicado aos
dezenove
anos tem enorme potencial de elevação da autoestima.
Naquela época, fazia um estilo intelectual com óculos e cabelos
compridos. Na sequência, vieram as publicações de Poesia Itinerante
(2000) e Poesia Sem Razão de Verso (2006). E estou lançando agora o
livro – Travessia.
5) Qual sua profissão atual? FOTO: ACERVO PESSOAL
Ronis Vila Verde |
Atualmente
sou servidor público federal do Ifes (Instituto Federal do Espírito
Santo) e diretor da Inova – Consultoria em Educação. Todas as minhas
atividades estão relacionadas à educação.
6) Tem projetos para novos livros?
Estou
lançando meu novo de livro de poemas e está previsto para o próximo ano
a publicação de minha tese de doutorado, cuja temática está voltada
para a leitura entre os professores da rede estadual.
7) Fale da sua trajetória e o que pretende para o futuro?
Minha
trajetória está intimamente marcada pela leitura. Todos os resultados
que obtive em minha carreira estão associados ao fato de ter sido sempre
um leitor cultivado. A leitura propicia uma escrita mais performática e
competente. Desse modo, sempre que enfrentei um processo seletivo que
continha redação, me dei bem. Foi assim no concurso do Ifes, no mestrado
e no doutorado. Quando participei do processo do Mestrado na Ufes, eu
fechei a prova de redação com uma nota 100. Foi incrível. Outra questão
importante para mim, tem a ver com o fato de eu ser empreendedor. Sempre
busquei alternativas para as minhas ideias inovadoras sem me ater às
dificuldades.
8) Deixe um conselho para os alunos de Pancas.
A
melhor mensagem que eu poderia deixar para eles tem a ver com leitura.
Leiam tudo e sempre. Naturalmente esse hábito agregará habilidades que
são muito importantes para a vida.
Além disso, eu gostaria de
agradecer a todos os panquenses que em algum momento da minha vida, me
apoiaram. Eu publiquei meu primeiro livro com o apoio do então
secretário
de educação, prof. Wilson Haese. Depois fui acolhido à gestão do Dr.
Walace Alcure para cuidar da cultura do município. Além disso, estudei
parte da graduação com bolsa de estudos municipal no governo de Walter
Haese. Além deles, várias outras pessoas foram importantes no meu
processo de formação. Eu sou muito identificado com a cidade poesia.
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