O Governo do Estado, por meio das
Secretarias de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e de
Direitos Humanos (Sedh), lançou, na manhã desta terça-feira (10), um
movimento de conscientização de combate à violência contra a mulher. A
ação quer promover, junto à sociedade capixaba, uma cultura de paz e de
enfrentamento da violência.
Será lançada na mídia uma campanha
publicitária que visa fomentar a reflexão, o debate e o exercício da
proteção das mulheres, com o objetivo de reduzir os altos índices de
violência no Estado do Espírito Santo. Além desta iniciativa, nos
próximos meses também serão divulgados vídeos educacionais nas redes
sociais, convidando os mais diversos setores da sociedade a debaterem o
tema.
Em discurso, o governador Paulo Hartung
(PMDB) pediu que o Movimento de Combate à violência contra a Mulher seja
aderido por toda sociedade.
“É um desafio de Estado e convidamos
toda sociedade capixaba para unirmos esforços. Poderes, instituições,
setor público, sociedade e igrejas. As instituições públicas têm
responsabilidade de fazer políticas públicas e fazer avaliações, porém, o
Poder Público sozinho não dá conta de um desafio como este. Isso não é
licença para omissão, mas é palavra convocatória. Esse é o papel de
líder diante de uma calamidade como esta que enfrentamos em nosso Estado
e no Brasil, em relação à violência contra a mulher. Temos capacidade
para mudar a realidade do Espírito Santo quanto a estes indicadores que
tanto nos envergonham. Fizemos isto em outras áreas e hoje o país
reconhece. Governo bom é aquele que dialoga com a sociedade e demonstra
suas limitações, ponderou.
Ao final, o governador reforçou que o
tema deve ser introduzido também no ambiente familiar e que é preciso a
mobilização de todos para pôr fim à cultura do machismo no Espírito
Santo.
“Uma criança que assiste ao pai
agredindo a mãe ao longo da vida acaba aprendendo a cultura da
violência. É esse comportamento que precisamos enfraquecer e fortalecer a
cultura de paz. O desafio é transformar essa ação em uma poderosa
mobilização para pôr fim ao machismo e mudar a cultura de “propriedade”
que os homens têm sobre as mulheres. Se conseguirmos envolver toda
sociedade tenho certeza que cada um vai passar a lidar melhor com suas
frustrações, perdas e desafios da vida. É preciso mudar o modo de pensar
de alguns homens capixabas, e as mulheres não podem permitir a
perpetuação da violência. Temos “dever de casa” para todo mundo: tirar
de cena a cultura da violência e de brutalidade que nos entristece e
promover a cultura da paz”, concluiu o governador.
Segundo o secretário André Garcia, o
evento tem objetivo de fazer com que essa discussão passe a fazer parte
do ambiente familiar, uma vez que os mais diversos tipos de violência
contra as mulheres se iniciam dentro dos lares.
"É um conjunto de iniciativas para
mudarmos a atual realidade, que é preocupante. O feminicídio é o estágio
final de uma violência doméstica contra mulher. Quando as mulheres
buscam o caminho da autonomia ela é reprimida pela violência. O sujeito
trata mulher como objeto, como algo descartável. O Governo vai continuar
suas ações, desde o enfrentamento ao acolhimento, mas o Governo não
pode tudo. A sociedade precisa ajudar e refletir como pode contribuir
com a mudança dessa realidade", pontuou André Garcia.
O secretário de Estado de Direitos
Humanos, Julio Pompeu, reforça que o momento é de convidar a população
capixaba a não se calar diante de qualquer tipo de violência contra as
mulheres.
"Como sociedade podemos ser muito
melhores que nós somos e, para isso, precisamos estar todos engajados
para mudar essa situação. Que todos abracem o nosso movimento, e que
lutemos juntos pelo fim da violência contra a mulher", salientou o
secretário de Direitos Humanos, Julio Pompeu.
Além de autoridades, estavam presentes
no evento representantes de movimentos sociais, engajados em promoção de
proteção a mulher.
As informações são da assessorias de comunicação da Sesp e Sedh
FOTO: LEONARDO DUARTE/SECOM-ES
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