sábado, 14 de janeiro de 2017

APÓS MORTES DE MACACOS, PANCAS E OUTROS MUNICÍPIOS VÃO RECEBER VACINA CONTRA FEBRE AMARELA



VIRGÍLIO BRAGA
JORNALISTA: 0003539/ES
 
Diante de vários registros de mortes de macacos em vários municípios do Espírito Santo, incluindo Pancas, várias cidades vão receber a vacina contra a febre amarela, a partir desta segunda-feira (16). A vacina será enviada pelo Ministério da Saúde. Serão enviadas ao Estado 350 mil doses da vacina, para 23 municípios que fazem limite com Minas Gerais. Até o momento, 80 macacos da espécie Alouatta (conhecido como bugio ou barbado) morreram. Em Pancas, foram 17. Alguns morreram no córrego Floresta, região do distrito de Laginha. Serão feitos exames no macacos mortos para saber se eles morreram por causa da febre amarela. Além de Pancas, mais 22 municípios vão receber a vacina: Alto Rio Novo, Água Doce do Norte, Afonso Cláudio, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Brejetuba, Colatina, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Governador Lindenberg, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Itaguaçu, Iúna, Laranja da Terra, Mantenópolis, Montanha e Mucurici.

FEBRE AMARELA

Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre alta e calafrios, mal-estar, vômito, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição da urina. A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas. Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya. De acordo com o coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti, podendo dar início à reurbanização da doença. O último caso de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Acre em 1942.
 FOTO: DIVULGAÇÃO
Macacos da espécie Alouatta (barbado ou bugio)  estão morrendo em alguns municípios capixabas. Em Pancas, 17 já morreram até o momento

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