O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) intimou, nesse domingo (08), a empresa Samarco em função dos impactos ambientais e socioeconômicos que serão causados no Espírito Santo pela lama de rejeitos que atingiu o Rio Doce.
A determinação do Instituto é de que seja promovido todo o apoio necessário aos municípios e aos cidadãos capixabas que forem atingidos pela onda de lama, com a realização de ações que minimizem os impactos ambientais decorrentes da impossibilidade do tratamento de água nos locais afetados pelos rejeitos, assim como pelo comprometimento de outros usos que são feitos do Rio Doce como agricultura e a pesca.
Desta forma, imediatamente, a Samarco deve dar início às seguintes ações: distribuição de água potável para consumo humano e dessedentação animal; monitoramento da qualidade da água do Rio Doce e também do mar a ser atingido pela lama para verificar a presença de contaminantes e identificá-los; disponibilizar aeronave para sobrevoo dos profissionais envolvidos nas ações preventivas e de mitigação da onda de rejeitos; disponibilizar uma equipe multidisciplinar para monitorar os impactos na fauna, flora, água e para as pessoas, emitindo laudos técnicos para o Iema com informações que ajudem a minimizar os impactos, inclusive, com avaliações de cenários futuros.
Após a passagem dos rejeitos, a empresa deve providenciar ainda a
limpeza de toda a área afetada pela lama, enquanto for verificada a
presença de poluente. Um Plano de Monitoramento da persistência dos
poluentes nos meios atingidos deve ser apresentado em até 120 dias,
assim como um Plano de Reparação Inicial dos danos no prazo de 30 dias.
Desde o início desta segunda (09), os secretários estaduais João Coser,
de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano; e Rodrigo Júdice, do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, estão em Colatina para acompanhar as
atividades do plano de ação conjunta, montado pelo Governo do Estado,
envolvendo empresas fornecedoras de energia elétrica e água, empresas
privadas, diferentes órgãos estaduais e municipais das cidades de Baixo
Guandu, Colatina e Linhares, que serão atingidas pela onda de lama que
castiga o Rio Doce.
Cabe ressaltar que uma equipe da Fiscalização do Instituto Estadual de
Meio Ambiente (Iema) está em Colatina de plantão desde sábado (07) para
acompanhar os impactos ambientais causados pela chegada da lama no
Espírito Santo. Além disso, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Seama) e também o Instituto estão em contato com os
órgãos ambientais de Minas Gerais para trocar experiências e atualizar
informações.
As informações são da assessoria de imprensa do Iema
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