O ex-prefeito de Pancas, Walter Haese (PMDB), foi condenado por improbidade administrativa a pedido do Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES). Walter Haese teve envolvimento no esquema de licitações irregulares para a compra de
ambulâncias e equipamentos médicos e odontológicos, que foi descoberto
na chamada Operação Sanguessuga. A fraude causou dano de R$ 13.671,20, de acordo com a CGU. O ex-prefeito, foi condenado no último dia 30 e terá que fazer o
ressarcimento integral do dano e pagar multa civil no mesmo valor, com
as devidas correções monetárias. Além do ressarcimento, Walter teve
seus direitos políticos suspensos por cinco anos e está proibido de
contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais pelo mesmo
prazo. Walter Haese foi prefeito de Pancas por três mandatos. Também foram condenados, o ex-prefeito de Barra de São Francisco, Edson Henrique Pereira, o Edinho Pereira (PTB), e de seu ex-secretário de Sáude, Frederico Sampaio Santana. Edinho é pai do atual prefeito Luciano Pereira (DEM).
Barra de São Francisco - A fraude no processo
licitatório, ocorrida em 2002, resultou em prejuízo de R$ 6.908,44 aos
cofres públicos municipal e federal, de acordo com os cálculos da
Controladoria Geral da União (CGU). Condenado no último dia 28, o
ex-prefeito Edson Henrique Pereira terá que fazer o ressarcimento
integral do dano e deverá pagar multa civil no mesmo valor, com as
devidas correções monetárias. Além disso, teve os direitos políticos
suspensos por cinco anos e está proibido de contratar com o poder
público ou receber incentivos fiscais pelo mesmo prazo. O
ex-secretário de saúde Frederico Sampaio Santana, acusado de colaborar
na montagem do procedimento licitatório fraudulento, foi condenado a
pagar somente o valor correspondente ao ressarcimento do dano, em
valores atualizados.
Esquema - A máfia das sanguessugas, também conhecida
como máfia das ambulâncias, utilizava de forma irregular verbas públicas
federais destinadas à saúde. Os envolvidos fraudavam processos
licitatórios para a aquisição de unidades móveis de saúde (ambulâncias) e
de equipamentos médicos e odontológicos. A estratégia era sempre a
mesma: as prefeituras recebiam recursos da União a partir de emendas
parlamentares e direcionavam as licitações para empresas indicadas por
deputados federais.
Tramitam na Justiça Federal do Espírito Santo pelo menos 21 ações de
improbidade administrativa relacionadas à máfia das sanguessugas, sendo
18 delas contra ex-prefeitos capixabas. Ou seja, praticamente um quarto
das prefeituras do Estado estiveram envolvidas no esquema fraudulento. O número do processo de Barra de São Francisco para consulta no site da Justiça Federal é 0000758-89.2009.4.02.5005. Já o de Pancas é 0000394-20.2009.4.02.5005.
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