VIRGÍLIO BRAGA
JORNALISTA: 003539/ES
Os moradores de Pancas andam preocupados com tanta
sujeira que o rio Panquinhas, que corta toda sede do município encontra-se. O
jornal O Mestre recebeu diversas
sugestões de reportagem, onde foi possível constatar tanta sujeira, escassez
hídrica, além do grande criadouro de mosquitos, entre eles o Aedes aegypti,
transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Em Pancas, mais de 200
casos de dengue já foram confirmados. A preocupação é enorme, diante do início
do verão, período em que a epidemia aumenta consideravelmente. A reportagem esteve
em vários pontos do rio que corta a cidade, na manhã desta terça-feira (29).
Próximo ao campo do bairro Operário, animais pastavam no mato que cresceu
dentro do rio, graças, também, a ausência das chuvas nos últimos meses. Lixo
que foi espalhado por alguns populares também são nítidos em vários locais.
Na Rua Turmalina, uma das que englobam a “rua da lama”, uma vala que passa
esgoto a céu aberto, praticamente virou pasto. O mato toma conta de todo o
local. A proliferação de mosquitos assolam os moradores que ficam ao redor.
Moradores reclamam que a prefeitura não têm limpado a vala há meses. Bem
próximo a essa vala, uma carcaça de Fusca permanece no local há anos. O jornal O Mestre noticiou há alguns dias a
situação desse grande foco do mosquito que transmite a dengue. Até o momento a
prefeitura nada fez para solucionar o problema. Segundo o presidente da Câmara
do município, vereador Valdeci Basto, o Nenego (PSL), uma lei foi criada para
que o município possa retirar veículos que estão abandonados em Pancas. A lei
pode ser aplicada no caso dessa carcaça de Fusca que está na rua da lama. A lei
de 31 de julho de 2014, que é de autoria de Nenego e de mais cinco
vereadores: Adelcio Coffler (PT), Juciléia Oliveira Langame de Faria, a Preta
(PSB); Carlos Antônio Vilarino, o Nem (PT); José Carlos Prata (PSDB), e
Robertson Schuaith, o Betinho (já falecido), foi sancionada pelo prefeito
Agmair Araújo, o Guima (PRP), no dia 16 de setembro de 2014. “Há alguns anos
estava numa reunião em Vitória, quando mencionei com o vereador da Serra, José
Raimundo (PSL), sobre como faria um projeto de lei para resolver esse problema
de veículos abandonados em Pancas. Diante disso, ele me disse que um projeto foi
criado pela Câmara de Vila Velha e sancionado pelo prefeito de lá. Então, fui à
Câmara de lá e busquei uma cópia desse projeto, onde trouxe para Pancas,
adequando com a lei do nosso município. Falta a prefeitura de Pancas fazer
a parte dela, cumprindo com a lei já existente. O Legislativo fez a parte dele,
agora, o prefeito tem que ter rigidez e fazer cumprir o que é lei”, explicou o
presidente da Câmara, Nenego. A reportagem também esteve na ponte que liga o
centro, rua da lama, ao bairro Sebastião Furtado. No local a situação se
repete. Lixos foram e estão sendo jogados ali, além do mato, pouca água que escorre,
esgoto, na qual é possível sentir um forte odor, deixando os moradores
sufocados. Em novembro, segundo Nenego, ele e outros vereadores fizeram uma
indicação ao prefeito Guima pedindo que todo o rio Panquinhas seja limpo,
contudo, janeiro de 2016 está chegando, e o prefeito ainda nada fez para
solucionar o grande problema.
FOTOS: VIRGÍLIO BRAGA
Animais pastam no matagal que nasceu dentro do rio, próximo ao campo do Bairro Operário, em Pancas. Escassez hídrica contribui para tal situação |
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