quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

AEDES AEGYPTI: ESTADO DISPONIBILIZA RECURSOS PARA MUNICÍPIOS

O Governo do Espírito Santo enviou à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (08), um projeto de lei que permite aos municípios beneficiados com recursos do Fundo para Redução das Desigualdades Regionais utilizarem 30% do montante repassado em ações de controle do mosquito Aedes aegypti, que causa dengue, zika e chikungunya, e em diagnóstico e tratamento das doenças. A previsão é de que sejam repassados R$ 35 milhões aos municípios no próximo ano com essa finalidade.
 
O secretário de Estado da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira, explica que desde 2006 o Espírito Santo conta com o Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, que é formado por recursos que o Estado recebe de royalties pela produção de petróleo. Um total de 30% desse recurso é repassado aos municípios, que, pela Lei 8.308/2006, devem utilizá-lo totalmente para investimento. Este ano, segundo o secretário, atendendo a um pedido da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), e em virtude da crise financeira, 50% do total de recursos repassados podem ser utilizados em despesas correntes, exceto para pagamento de pessoal. 
 
Para 2016, será ampliado para 60% o percentual de repasse. Assim, detalha o secretário, 40% dos recursos serão para investimento, 30% para despesas correntes e 30% para controle do Aedes aegypti, além de diagnóstico e tratamento das doenças. “Esta é mais uma ação que o Governo do Estado está tomando para enfrentamento desse problema gravíssimo. Aquilo que for necessário ser feito o Governo fará para dar tranquilidade às famílias capixabas”, disse Paulo Roberto.
 
NÚMEROS
 
Até o momento, o Espírito Santo registrou 252 casos suspeitos de infecção pelo zika vírus, sendo cinco confirmados laboratorialmente (04 em Vitória e 01 em Vila Velha). O Estado tem ainda 14 bebês, entre nascidos e em gestação, diagnosticados com microcefalia, mas ainda sem confirmação de relação com o zika vírus.
 
AÇÕES GOVERNAMENTAIS
 
Desde a segunda quinzena de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) está desenvolvendo ações para enfrentar esse novo e gravíssimo desafio que são as infecções pelo zika vírus. 
 
- Envio de projeto de lei para a Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (08), solicitando liberação de recursos provenientes dos royalties do petróleo para que os municípios combatam o mosquito Aedes aegypti;
- Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES) nessa segunda-feira (07);
- Participação do Exército nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;
- Organização do gabinete de monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reunirá para avaliar o cenário e definir as prioridades;
- Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa);
- Estabelecimento de parceria com o Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para realização de exames de diagnóstico;
- Envolvimento com as secretarias de Governo parceiras para o combate ao vetor – Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Secretaria de Governo (Seg) e Secretaria Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb);
- Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito;
- Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa;
- Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais
- Intensificação da mobilização social;
- Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para Dengue, Chikungunya e Zika Vírus;
- Frota de veículo disponível com equipamento UBV;
- Bombas costais a serem utilizadas em áreas com surto/epidemia;
- Campanha na mídia alertando a população acerca dos riscos e informação sobre a importância de controlar o vetor;
- Identificação de servidores para atuar como síndicos em prédios públicos, com conscientização de toda a equipe de governo.
 
AÇÕES VOLTADAS PARA GESTANTES 
 
- Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;
- Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades;
- Elaboração do Protocolo de Atendimento;
- Reunião com maternidades de alto risco nesta quarta-feira (09).
 
SAIBA COMO IDENTIFICAR

Sintomas
Dengue
Zika
Chikungunya
Febre
É alta, tem início imediato e está sempre presente
É baixa e pode ocorrer
Alta e de início imediato. Quase sempre ocorre
Dores nas Articulações
Dores moderadas e quase sempre presentes
Podem ocorrer dores leves
Dores intensas e presentes em quase 90% dos casos
Manchas na Pele
Podem ocorrer
Ocorrem quase sempre e com manifestação nas primeiras 24 horas
Ocorrem nas primeiras 48 horas
Coceira
É leve e pode ocorrer
Pode ocorrer e pode ser de leve a intensa
Ocorre em 50% a 80% dos casos e com intensidade leve
Vermelhidão nos Olhos
Não ocorre
Frequente
Pode ocorrer

SAIBA COM PREVENIR
 
Uma vez que dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito, as formas de prevenção das três doenças são as mesmas e baseiam-se no controle da proliferação do vetor. São medidas simples, e talvez por isso algumas passem despercebidas. A dica, então, é fazer uma lista com tudo o que deve ser verificado dentro de casa e no quintal para que nenhum item importante seja esquecido.
 
Outra orientação que deve ser seguida à risca é escolher dias fixos da semana para fazer vistorias e eliminar os criadouros do vetor, pois o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. Portanto, se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Isso porque se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido.
 
Recipientes como vasilhas de animais domésticos necessitam ser limpos com uma boa escovação nas bordas para retirar possíveis ovos do mosquito. O mesmo deve ser feito com vasos de plantas, tonéis, caixas d’água e a bandeja que fica atrás da geladeira. Aliás, além de limpos, a bandeja detrás da geladeira e os vasos de planta devem ser mantidos sempre sem água.
 
A escovação desses locais é importante porque a fêmea coloca o ovo na parede desses recipientes e ele pode ficar lá até 450 dias, ou seja, mais de um ano. Assim que entrar em contato com a água, em um ou dois dias o ovo eclode e a larva, que é o primeiro estágio do mosquito, vai para a água. Daí por diante o mosquito completa sua evolução na água e depois vai para o ambiente.
 
O quintal é outro local que pode se tornar um grande depósito de criadouros do mosquito que transmite dengue e zika, por isso, também deve ser vistoriado toda semana num dia fixo. É importante manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas.
 
Certifique-se de que as lonas de cobertura estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água quando chover. Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo, e se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade.
 
Se a casa tiver que ficar fechada por mais de cinco dias, tempo que o mosquito leva para se desenvolver, é importante repassar a lista de verificação antes de sair, lembrando também de manter fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água; fechar os ralos dos banheiros; e guardar a vasilha de água e de comida dos animais de estimação.
 
As informações são das assessorias da imprensa da Casa Civil e Sesa
 
 FOTO: ROMERO MENDONÇA/SECOM-ES
Chefe da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira, e o governador Paulo Hartung (PMDB): recursos para municípios

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