Os irmãos Carlinho Cândido da
Silva e Valdinei da Silva Cândido, o Nei, vão a júri popular nesta quarta-feira
(13), às 09h00, no Fórum da Comarca de Pancas. Os dois são réus após
praticarem uma chacina, no dia 25 de fevereiro do ano passado, no córrego
Urucum, em Vila Verde, distrito de Pancas. Segundo informações que constam no
processo, Carlinho e Nei mataram a tiros Fernando Alves dos Santos, José Edimar
Ribeiro e Maria Irene dos Santos, mãe de Fernando. Os dois réus ainda respondem
por três tentativas de homicídio e por sequestro e/ou cárcere privado por duas vezes. Eles
tentaram matar no mesmo local Jocimara da Conceição Barcellos, José Carlos
Alves e Reginaldo Alves dos Santos. “A
vítima Jocimara da Conceição Barcellos apenas não foi executada pelos
denunciados porque se escondeu debaixo de uma cama, não tendo sido avistada
pelos denunciados. Quanto às vítimas Reginaldo Alves dos Santos e José Carlos
Alves, somente não foram atingidos porque se embrenharam em meio ao matagal,
despistando assim os denunciados, que estavam em seu encalço”, diz num trecho
da pronúncia. O crime teria sido motivado pelo fato de que havia
uma desavença entre Carlinho e alguns membros da família vitimada, que teve
início quando as motocicletas das vítimas José Carlos Alves dos Santos e
Fernando Alves dos Santos foram furtadas, sendo que ambos desconfiavam que o
autor seria um menor enteado de Carlinho. Ao ficar
sabendo que José Carlos e Fernando estariam fazendo tais afirmações, Carlinho
ameaçou a família dizendo que "aquela conversa" devia acabar. De
acordo com a ocorrência da Polícia Militar, um homem parente das vítimas foi obrigado
a levar os dois indivíduos ao encontro de seus familiares. O homem ainda foi amarrado
e colocado no veículo de Nei antes de seguir para a residência de seus familiares no córrego Urucum.
Segundo a PM, esse sequestro foi necessário, já que somente esse homem sabia o
local onde moravam seus parentes. Essa família se mudou para o córrego Urucum
no dia do crime. A expectativa é que os dois recebam penas altíssimas no júri
que acontecerá nesta quarta-feira. O advogado Humberto Moulin de Moraes será o responsável
pela defesa de Carlinho. Já o advogado de Nei será Sebastião Tadeu de Araújo. Ainda
sobre o júri, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), através
da Promotoria de Pancas, tentou adiar o júri de Carlinho e Nei. Contudo,
na última sexta-feira (08), o juiz Adelino Augusto Pinheiro Pires indeferiu o
pedido e manteve o júri popular para amanhã. Algumas testemunhas não foram intimadas
para oitiva durante o júri. “Não há como declarar nula a ausência de oitiva de
plenário, pois, com a leitura de peças, incluindo os depoimentos prestados na
fase da competência do juiz singular, é possível à acusação, por meio do
Ministério Público, expor os fatos e o pedido condenatório perante o Conselho
de Sentença. Aqui deve ser considerada a disposição contida no art. 563 do CPP,
segundo o qual: "nenhum
ato será declarado nulo, se dá nulidade não resultar prejuízo para a acusação
ou para a defesa”, decidiu o juiz Adelino, na última
sexta-feira.
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