sexta-feira, 29 de novembro de 2019

EM PANCAS: FUNGEL ABRE PROCESSO SELETIVO


A Fundação Presbiteriana Educacional e Assistencial Reverendo Gedeon José Lidório (Fungel) divulgou um processo seletivo de cadastro reserva para cargos de nível superior, médio e fundamental. Segundo a Fungel, os documentos poderão ser entregues nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, das 8h às 16h, na sede da própria creche, localizada na avenida Antônio Cabalini, no centro. Cargos disponíveis para auxiliar de serviços gerais; professor MAPA/MAP-P; agente de apoio e secretário escolar. Os números de vagas não foram informados, já que as contratações serão feitas quando o convênio de repasse de recurso for assinado com a Prefeitura de Pancas. As contratações serão para o ano letivo de 2020. Segue abaixo o link do site da Fungel contendo os editais.








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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

POLÍCIA CIVIL VAI APURAR CASO DO MECÂNICO QUE MORREU APÓS SER AGREDIDO

 
A Polícia Civil começará a investigar os fatos ocorridos no último sábado (16) e domingo (17), em Pancas, onde o mecânico e proprietário de uma oficina, Vanderlei Rodrigues de Freitas, o Lei, de 61 anos, foi encontrado morto dentro de sua casa no domingo. Segundo informações, Lei foi agredido no sábado por um homem após algum desentendimento. O mesmo foi encaminhado ao Pronto Atendimento (PA) de Pancas, mas familiares reclamam que o procedimento na unidade de saúde não foi adequado, já que a vítima tomou um forte soco na região da cabeça. A orientação foi para que Lei fosse para o Hospital Sílvio Ávidos, em Colatina, nesta segunda-feira (18). Em nota, a Polícia Civil “informa que o corpo da vítima foi encaminhado (domingo) para o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que vai apontar a causa da morte. O procedimento foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Pancas, que aguardará o laudo para dar andamento nas investigações”. O suspeito ainda prestará depoimento à Polícia Civil em breve.
    FOTO: VIRGÍLIO BRAGA
Delegacia de Polícia Civil de Pancas: o delegado João Seidel Júnior investigará o caso
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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

1º WORKSHOP PROJETO E EXECUÇÃO EM PANCAS

       
     ARTE: DIVULGAÇÃO


Ocorrerá em Pancas, no próximo dia 27, o 1º Workshop  Projeto e Execução, promovido pela arquiteta e urbanista Lara Rodrigues. Ela conta com o apoio de diversas grandes empresas, além da Prefeitura do município. O evento acontecerá na Secretaria municipal de Educação, no centro. Segundo Lara Rodrigues, vários temas serão ministrados aos pedreiros e eletricistas. As vagas são limitadas e tudo é gratuito. Várias empresas do ramo da construção civil estarão presentes no evento. O tema energia solar também fará parte do Workshop. "Vamos falar sobre vários temas. Projetos, prática e benefícios (PDM e legitimação); acabamentos e impermeabilização; luminárias e especificação; iluminação solar na construção; tintas, resinas e texturas; gesso e sua aplicação; Acm e letreiros como utilizarem; além de Mdf e suas aplicações. O pessoal da Prefeitura também estará no evento para falar sobre PDM e Legitimação", explicou a arquiteta e urbanista. "O objetivo é informar aos pedreiros para que eles possam informar aos proprietários que contratam mão de obra. É uma informação totalmente gratuita, mas com o objeito principal de trabalhar com a regularização. Esse curso irá beneficiar os pedreiros e a população", destacou Lara. 


Dia: 27 de novembro
Horário: 19h00
Local: Secretaria Municipal de Educação, no centro de Pancas
Inscrição: gratuita e pode ser feita na Xerox da Amanda, no calçadão da Igreja Católica, também no centro de Pancas






quinta-feira, 14 de novembro de 2019

JUSTIÇA DE PANCAS CONDENA IRMÃOS DO CASO “CHACINA EM VILA VERDE”



A Justiça de Pancas, através do Tribunal Popular do Júri, condenou os irmãos Carlinho Cândido da Silva, de 34 anos, e Valdinei da Silva Cândido, o Nei, 33, a diversos anos de prisão. O júri, comandado pelo juiz Adelino Augusto Pinheiro Pires, aconteceu durante todo o dia ontem (13), no Fórum do município, e teve seu fim por volta de meia-noite desta quinta-feira (14). Carlinho e Nei praticaram uma chacina no dia 25 de fevereiro do ano passado, no córrego Urucum, em Vila Verde, distrito de Pancas. Carlinho recebeu uma grande pena, 89 anos e sete meses de reclusão. Seu irmão, foi condenado a 79 anos e oito meses de reclusão. O juiz Adelino também fixou R$ 141 mil de reparação de danos causados por cada homicídio, em favor dos sucessores das vítimas, além de R$ 24 mil para cada tentativa de homicídio, em favor das vítimas que escaparam por pouco. Numa noite sangrenta e tenebrosa, Carlinho e Nei mataram a tiros Fernando Alves dos Santos, José Edimar Ribeiro e Maria Irene dos Santos, mãe de Fernando. Eles também foram condenados por tentarem matar no mesmo local Jocimara da Conceição Barcellos, José Carlos Alves e Reginaldo Alves dos Santos. Carlinho e Nei também cometeram outros crimes e, com isso, tiveram suas penas ainda maiores. O júri de ontem começou com atraso devido que a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) se atrasou com o transporte dos dois condenados. Durante os debates entre o promotor Antônio Carlos Gomes da Silva Júnior, e os advogados de defesa, o clima chegou a ficar tenso entre o promotor e o advogado de Nei, Sebastião Tadeu de Araújo, que possui uma fala mais forte que o advogado de Carlinho, Humberto Moulin de Moraes. Os dois advogados pediram a absolvição para seus clientes. O advogado Sebastião Tadeu de Araújo chegou a interromper a fala do promotor quando o mesmo fazia sua acusação contra Carlinho e Nei. Antônio Carlos não gostou e pediu para não ser mais interrompido. O promotor foi importantíssimo para que os indivíduos recebessem grandes condenações. Ele narrou e mostrou ao corpo de jurados os diversos crimes cometidos por Carlinho e Nei. Após o fim do júri, Carlinho e Nei foram encaminhados de volta ao presídio, onde cumprirão suas condenações. A reportagem não foi autorizada fazer imagens dentro do salão do júri. A solicitação foi feita ao juiz. O promotor Antônio Carlos foi contrário e, com isso, o magistrado não autorizou que a reportagem fizesse imagens.

       FOTO: REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
Carlinho (sem camisa) foi condenado a quase 90 anos de prisão. Nei recebeu uma pena de quase 80 anos






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terça-feira, 12 de novembro de 2019

CHACINA EM VILA VERDE: IRMÃOS SERÃO JULGADOS NESTA QUARTA-FEIRA (13)



Os irmãos Carlinho Cândido da Silva e Valdinei da Silva Cândido, o Nei, vão a júri popular nesta quarta-feira (13), às 09h00, no Fórum da Comarca de Pancas. Os dois são réus após praticarem uma chacina, no dia 25 de fevereiro do ano passado, no córrego Urucum, em Vila Verde, distrito de Pancas. Segundo informações que constam no processo, Carlinho e Nei mataram a tiros Fernando Alves dos Santos, José Edimar Ribeiro e Maria Irene dos Santos, mãe de Fernando. Os dois réus ainda respondem por três tentativas de homicídio e por sequestro e/ou cárcere privado por duas vezes. Eles tentaram matar no mesmo local Jocimara da Conceição Barcellos, José Carlos Alves e Reginaldo Alves dos Santos. “A vítima Jocimara da Conceição Barcellos apenas não foi executada pelos denunciados porque se escondeu debaixo de uma cama, não tendo sido avistada pelos denunciados. Quanto às vítimas Reginaldo Alves dos Santos e José Carlos Alves, somente não foram atingidos porque se embrenharam em meio ao matagal, despistando assim os denunciados, que estavam em seu encalço”, diz num trecho da pronúncia. O crime teria sido motivado pelo fato de que havia uma desavença entre Carlinho e alguns membros da família vitimada, que teve início quando as motocicletas das vítimas José Carlos Alves dos Santos e Fernando Alves dos Santos foram furtadas, sendo que ambos desconfiavam que o autor seria um menor enteado de Carlinho. Ao ficar sabendo que José Carlos e Fernando estariam fazendo tais afirmações, Carlinho ameaçou a família dizendo que "aquela conversa" devia acabar. De acordo com a ocorrência da Polícia Militar, um homem parente das vítimas foi obrigado a levar os dois indivíduos ao encontro de seus familiares. O homem ainda foi amarrado e colocado no veículo de Nei antes de seguir para a residência de seus familiares no córrego Urucum. Segundo a PM, esse sequestro foi necessário, já que somente esse homem sabia o local onde moravam seus parentes. Essa família se mudou para o córrego Urucum no dia do crime. A expectativa é que os dois recebam penas altíssimas no júri que acontecerá nesta quarta-feira. O advogado Humberto Moulin de Moraes será o responsável pela defesa de Carlinho. Já o advogado de Nei será Sebastião Tadeu de Araújo. Ainda sobre o júri, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), através da Promotoria de Pancas, tentou adiar o júri de Carlinho e Nei. Contudo, na última sexta-feira (08), o juiz Adelino Augusto Pinheiro Pires indeferiu o pedido e manteve o júri popular para amanhã. Algumas testemunhas não foram intimadas para oitiva durante o júri. “Não há como declarar nula a ausência de oitiva de plenário, pois, com a leitura de peças, incluindo os depoimentos prestados na fase da competência do juiz singular, é possível à acusação, por meio do Ministério Público, expor os fatos e o pedido condenatório perante o Conselho de Sentença. Aqui deve ser considerada a disposição contida no art. 563 do CPP, segundo o qual: "nenhum ato será declarado nulo, se dá nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa”, decidiu o juiz Adelino, na última sexta-feira.

     REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO       
Carlinho e Nei (de óculos) irão a júri popular nesta quarta-feira (13)



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DOE ALIMENTOS



       ARTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL/DIVULGAÇÃO


A meta é envolver toda a comunidade de forma voluntária. As doações podem ser feitas até o dia 21 de dezembro do corrente ano. Vale a pena ajudar quem necessita. Quem tem fome tem pressa.




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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

CRIAÇÃO DE CARTEIRA PARA AUTISTA DIVIDE OPINIÕES

Por Aldo Aldesco/Ales


FOTO:TATI BELING/ALES
Audiência pública da Comissão de Justiça

Adotar ou não uma carteira de identidade especial para o autista foi o assunto debatido em audiência pública nesta quinta-feira (7), no Plenário Rui Barbosa. O documento com a identificação do autista é proposto pelo Projeto de Lei (PL) 674/2019, de autoria do deputado Gandini (Cidadania), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, promotora da reunião.
O advogado Dênis Rangel Moraes, pai de autista e membro do grupo de Apoio aos Pais de Autista Força Azul, defendeu a instituição da identificação especial. “Facilita a questão operacional, numa fila de atendimento, para dar atendimento preferencial”, exemplificou.

Porém Moraes sugeriu que a virtual norma contenha mecanismos para que o pai de autista tenha como e onde recorrer se a documentação especial for recusada em quaisquer circunstâncias.

Bárbara Campos Fernandes, também membro do grupo Força Azul, mãe de duas crianças autistas gêmeas, informou que tem pai que espera cinco anos para ter seu filho atendido por um especialista. “Quando a gente fala dessa carteirinha, falamos de não passar por estresses em várias situações. Para nós isso é cansativo. Nossa luta contra o preconceito é diário”.

Para Bárbara a carteirinha vai auxiliar os pais no dia a dia. Ela citou casos em que um segurança de um shopping aborda crianças que estão em “estado de autorregulação”, como correr em volta de uma mesa seguida vezes, deitar-se no chão em qualquer lugar e outras situações de surtos consideradas inusitadas em diversos ambientes.

A psicanalista Keli Cristina Ferreira Lopes propôs que seja reconstruído o conceito de acessibilidade, que não seria apenas os físicos, como uma rampa de acesso. É preciso que a pessoa com deficiência se sinta incluída na sociedade, em todos os segmentos.

Ela também defendeu a instituição da carteirinha com argumento de que o autista passa por constrangimento em seu cotidiano e uma identificação especial ajuda a pessoa com TEA. “No futuro, teremos uma sociedade autista. O que é ser normal?”, indagou a psicanalista.

O professor de agronomia da Ufes, Marcelo Suzart de Almeida, pai de criança autista, considerou que os direitos de todos são iguais, mas as pessoas são diferentes, com deficiência ou não. Entretanto, seria necessário algum tipo de identificação para aquelas com deficiência, pois a lei da acessibilidade não garante, por si só, o acesso. Por isso, a identificação é necessária pelo alto índice de pessoas autistas na sociedade.

Marcelo Bózio, pai de criança com deficiência visual, considerou que a iniciativa é válida, trata-se de um direito dos pais. “Se o cidadão vai querer ou não a identificação é direito dele”, argumentou. Marcelo exemplificou o símbolo de cadeirante no estacionamento, que provoca indignação, pois não dá pra saber se a pessoa que utilizou o espaço tem outro tipo de deficiência que não necessita de cadeira. Ele sugeriu que se faça uma campanha de esclarecimento sobre o uso da possível carteira de identificação do autista.

CONTRA A CARTEIRINHA
Luciamara Martins, coordenadora do coletivo Mães Eficientes Somos Nós, afirmou que a carteirinha é segregatória, pois se os poderes públicos aplicassem as leis existentes e se a sociedade tivesse consciência não haveria discriminação e exclusão.

“Não sou a favor de uma lei de carteira de pessoa autista, pois ela já é uma pessoa com deficiência. Nós precisamos de conscientização da sociedade. Precisamos que as leis sejam cumpridas”. Ela defendeu que seja colocada na Carteira de Identidade a expressão “pessoa com deficiência”.

Luciamara concordou com os relatos feitos sobre a realidade da pessoa autista no dia a dia, mas assegurou que essa realidade é de todas as pessoas com deficiência, por isso defende que é necessária uma identificação geral e não particular de determinado diagnóstico.

A psicanalista Fernanda Zimmer, do grupo Programa de Investigação Psicanalística do Autismo (Pipa e Rabiola), disse que ficou inquieta com a ausência de educadores no debate. Além disso, afirmou que “não conjuga muito com essa ideia da carteira de identidade. Temos registro de relatos que a identificação não é tão benéfica. É um marco muito delicado, precisamos debater o assunto”. Ela reforçou que é preciso pensar numa linha de cuidado para superar a exclusão.

A psicóloga e psicanalista Juliana Moisés Vieira, também participante do grupo Pipa e Rabiola, também questionou a medida. “Nós temos que ser reconhecidos pelas nossas diferenças e não sermos identificados”, defendeu. De acordo com ela, é preciso trabalhar com as particularidades de cada autista para que ela se sinta aceita pela sociedade.

Marco Antônio, pai de sete autistas, sugere que a Ales faça uma enquete na sociedade se aceita ou não uma carteirinha para identificar o autista. O mais importante é que as pessoas entendam a situação do autista e de outras pessoas com deficiência.

Giovana de Oliveira, mãe de autista, destacou que a segregação é a palavra que melhor define a situação das pessoas com autismo, e considerou que a carteirinha vai reforçar essa condição. “O que precisamos para nossos filhos é um psicólogo, um pediatra, um atendimento próprio para eles, não uma simples carteirinha”, disse.

Franciene Rodrigues, mãe de criança com três tipos de deficiência, pergunta se seu filho vai ter de ter três tipos de carteirinha. Ela ressaltou que é preciso que os poderes públicos apliquem as leis. A mesma opinião foi expressa por Tamires Rosa ao considerar que a carteirinha é excludente.

AUTOR
O deputado Gandini argumentou que, diante das diferenças de opinião a respeito da instituição da carteira de identidade especial para autista, o projeto de lei será melhorado, recebendo alterações, e reafirma que o documento vai ajudar em situações cotidianas.

O deputado concordou que essa não é o principal problema e a principal discussão acerca das pessoas com deficiência, pois faltam especialistas para atendimento à demanda no Estado. Ele concordou que faltam médicos neuropediatras e outras especialidades voltadas para essa população e informou que esse debate está se dando na Casa em outros espaços.


Fonte: Ales

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