sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

EM SESSÃO “QUENTE” VEREADORES APROVAM PACOTE DE OBRAS PARA PANCAS



VIRGÍLIO BRAGA
JORNALISTA: 0003539/ES

Em sessão “quente” e com quase quatros horas de duração, os vereadores de Pancas aprovaram ontem (11), no plenário da Câmara Municipal, e na volta do recesso, um pacotão de obras de autoria do prefeito do município, Agmair Araújo, o Guima (PRP), que, começará a realizar melhorias para Pancas em seu último ano de mandato. Guima juntou os recursos dos royalties durante os seus primeiros três anos de mandato para aplicar em obras a partir de agora. A sessão foi tumultuada e esquentou no sentido climático, e em discussões entre alguns vereadores. Nem os dois grandes aparelhos de ar-condicionado do plenário deram conta, diante do forte calor que ocorreu ontem em Pancas. O prefeito enviou três projetos de Leis, sob os números 002, 003 e 004/2016, onde pedia autorização de recursos aos vereadores para pavimentações nas ruas que englobam a “rua da lama”, em Pancas, e em dez ruas do distrito de Vila Verde, além da construção de uma unidade de saúde, na rua Jovino Nonato da Cunha, centro do município, próximo à residência da família Machado. Sobre o projeto 002/2016, o prefeito pediu R$ 1.489.114,12 para retirar o asfalto antigo da rua da lama, além de já ter mais R$ 300.000,00. Toda a obra da rua da lama, que será feita de bloquete, e não mais de asfalto, custará R$ 1.789.114,12, dinheiro dos royalties que o município recebe e o prefeito foi deixando guardado durante seu mandato. As ruas que englobam a rua da lama são as mais castigadas pelo poder público. O local encontra-se intransitável, praticamente. Já o projeto 003/2016, Guima solicitou a aprovação de R$ 1.474.369,54 para calçar várias ruas dos bairros Operário e Vila Nova, ambos em Vila Verde. Sobre o projeto da construção da unidade de saúde na sede de Pancas, de número 004/2016, o chefe do Executivo Municipal solicitou R$ 624.235,89. As novas obras custarão R$ 3.887.719,55. A sessão ficou quente quando o vereador José Carlos Prata (PSDB) pediu aos demais vereadores para que ambos pudessem retirar a tramitação sumaríssima do projeto 002/2016, referente ao recurso da obra da rua da lama. O prefeito solicitou que os vereadores votassem em tramitação sumaríssima, para que o recurso fosse aprovado em uma única sessão. Diante disso, o presidente da Câmara, vereador Valdeci Basto, o Nenego (PSL), colocou o projeto para que fosse aprovado em única sessão, ontem, para não atrapalhar o início da obra, já que a reforma dessas ruas são de grande importância. Prata argumentou que o projeto enviado por Guima veio pessimamente explicado, onde, segundo ele, veio faltando esclarecimentos referentes ao projeto de engenharia da obra da rua da lama.  Ainda em discussão sobre o tema, José Carlos Prata argumentou por vários minutos, indagando que o projeto não poderia ser colocado por Nenego de forma sumaríssima, o que foi contestado pelo próprio presidente da Câmara, além da Procuradoria e da Assessoria Jurídica do Poder Legislativo, que acompanham o trabalho da Mesa Diretora nas sessões e dão os pareceres para todos os projetos. Nenego deixou claro que a tramitação sumaríssima era legal e que a obra é de grande importância para Pancas. “Se retirássemos o rito sumaríssimo a obra da rua da lama, que já passou da hora de ser feita, poderia demorar em até 40 dias para assim ser votada e aprovada, o que atrapalharia o início dela. Fiz o certo em colocar o projeto neste rito na sessão-ordinária desta quinta-feira”, explicou o presidente da Câmara, Nenego. Já sobre os outros dois projetos de obras, Prata não pediu para retirar a tramitação sumaríssima. Durante toda essa discussão, o clima esquentou entre Nenego e Prata, além de quando o vereador Geraldo Raasch (PSB) disse que à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, presidida por José Carlos Prata, ainda não tinha dado os pareceres sobre os projetos. Raasch disse que os projetos foram enviados semana passada pelo prefeito e que daria tempo para Prata fazê-los. Após a crítica de Geraldo Raasch, Prata se exaltou se explicando. Nenego disse que à Secretaria da Câmara não fará mais os pareceres para essa e outras Comissões, já que eles são das prerrogativas das mesmas. Segundo informações, o vereador José Carlos assinou o parecer da obra da rua da lama no intervalo da votação dos projetos. O microfone dele chegou a ser cortado durante a discussão do projeto. Teve vereador que não conseguia ligar o microfone. Já outros deixavam os microfones ligados, onde as baterias dos mesmos acabavam. Diante de tantas discussões e nervosismos, o vereador Adelcio Coffler (PT), que é tido como um homem espontâneo ao extremo, onde diz qualquer coisa a qualquer um, negou ser aparteado pelo vereador Gessino Reis, o Gessino Vendedor (PRP), e pelos demais. “Não vou dá aparte a ninguém aqui mais não. Vereador tem que parar de discutir um com o outro. Já está tarde essa sessão”, disse Adelcio em tom ríspido, soltando gargalhadas de quem se fazia presente. Mesmo votando para retirar a tramitação sumaríssima da obra da rua da lama, José Carlos Prata votou pela aprovação do recurso para essa obra, onde todos os outros parlamentares também votaram pela aprovação. Além desses projetos de recursos de obras, também foi aprovado recurso para comprar materiais para à Vigilância Epidemiológica do município, num total de R$ 35 mil. Esse projeto também enviado pelo prefeito Guima. 
 FOTOS: VIRGÍLIO BRAGA
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Pancas: sessão desta quinta-feira (11), aprovou vários projetos de obras para Vila Verde e sede de Pancas


PROJETO DE REGULAMENTAÇÃO DE ESTACIONAMENTO EM RUA DE VILA VERDE É RETIRADO DE PAUTA

A sessão-ordinária desta quinta-feira (11), na Câmara Municipal, além de vários projetos de recursos para várias obras no município terem sidos aprovados, teve um que foi retirado pela Mesa Diretora, a pedido do vereador José Carlos Prata (PSDB), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Casa. O projeto citado é o de número 003/2015, de autoria do vereador Gessino Reis, o Gessino Vendedor (PRP), onde se trata da regulamentação do estacionamento da rua Josino da Paula, em Vila Verde, distrito de Pancas. Segundo o projeto de Gessino, “fica proibido o estacionamento de veículos automotores no lado esquerdo do início da rua Josino de Paula sentido norte até o cruzamento da rua Januário Ribeiro, criando espaço de estacionamento de vagas destinadas a veículos e motocicletas, em horário comercial, das 07 às 18h00”. Gessino Vendedor argumenta que o projeto é um pedido de comerciantes, que possuem comércios na rua Josino de Paula. Segundo o vereador, quando veículos estão estacionados em alguns pontos nessa rua, os ônibus, por exemplo, não conseguem trafegar na sede do distrito. Após ser lido o projeto, José Carlos Prata pediu para que fosse retirado de pauta para não ser votado na sessão de ontem. Segundo ele, uma melhor discussão sobre o tema com os moradores têm que ser feito antes de qualquer decisão. Após o pedido, o presidente da Câmara, vereador Valdeci Basto, o Nenego (PSL), retirou o projeto de pauta. Agora, o projeto vai às Comissões da Casa. Gessino ficou desolado e sem saber o que fazer, aparentemente. O vereador é bem calmo e nunca se explode, mesmo sendo alfinetado por José Carlos Prata e pelo vereador Iracy Pinheiro (SDD), que já até o chamou de mentiroso em sessões passadas. Mesmo recebendo “pancadas”, Gessino chega até a elogiar Pinheiro. Os dois são adversários políticos no distrito de Vila Verde. O caso do projeto citado segue o fluxo na Câmara Municipal...

VEREADOR CONTINUA INVESTIGANDO SUSPOSTAS IRREGULARIDADES EM HOSPITAL DE PANCAS

Também na sessão-ordinária de ontem (11), na Câmara Municipal de Pancas, o vereador Joselito Lourenço (SDD), afirmou que continua investigando supostas irregularidades da direção e da presidência da fundação ambas do hospital do município. As investigações comandadas pelo vereador tiveram início ano passado. O vereador até questionou o salário do diretor do hospital, Sebastião Cardoso, que é de R$ 5 mil, segundo ele. Joselito questiona que o hospital ainda não enviou informações à Câmara, referentes à prestação de contas. O hospital vive há anos na UTI, literalmente. Em discurso, Joselito Lourenço, que é ex-presidente da Câmara, pediu apoio por parte dos outros vereadores nesta investigação, que ele promete ir a fundo. Agora, uma auditoria deverá ser feita nas contas do hospital, pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES). Novas novidades sobre o caso poderão surgir ainda.

EX-PRESIDENTE DA CÂMARA RECEBE NOTA 9.8 DE LENDÁRIO CIDADÃO PANQUENSE

Luizinho da Silva
Além de tudo que já foi citado acima, onde vários textos foram feitos pela reportagem de O Mestre, sobre a sessão-ordinária de ontem (11), da Câmara Municipal de Pancas, o lendário e “por enquanto” ex-funcionário público do município, o aposentado Luizinho da Silva, fez o uso da tribuna livre, onde avaliou à gestão do vereador Joselito Lourenço (SDD), que foi presidente da Casa em 2013 e 2014. Luizinho é frequentador das sessões da Câmara há quase trinta anos, onde até anota os discursos dos vereadores em cadernos ou agendas. Recentemente, Luizinho foi exonerado pelo prefeito Agmair Araújo, o Guima (PRP), o que tem deixado o mesmo cabisbaixo, já que ele é apaixonado pela profissão que exercia até mês passado. A exoneração se deu em virtude que o mesmo aposentou-se há alguns anos, onde recebia da Previdência Social, além do município de Pancas. Segundo informações, o prefeito foi informado do aposento em janeiro onde resolveu exonerar Luizinho, que sempre diz em alto e bom que nunca tirou férias, dedicando-se totalmente a Pancas. Luizinho entrará na Justiça para tentar voltar ao posto. Seu advogado é o vereador José Carlos Prata (PSDB), que tem uma atuação muito forte nesta área jurídica. Em discurso, o mesmo disse que Joselito recebe a nota 9.8, por vários motivos, entre eles por ter inaugurado o novo prédio da Câmara, em agosto de 2014. Mesmo ter sido exonerado o mesmo frequenta o corredor da prefeitura, diariamente, com sua bolsa pendurada em um de seus ombros. Luizinho já foi colaborador do jornal O Mestre quando era presidido pelo jornalista falecido e fundador do jornal, Júlio Maria da Silva.

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