O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, anunciou, em homenagem à Semana Internacional da Mulher, ações focadas no combate à violência feminina. Estes projetos têm como objetivo retirar o Espírito Santo dos primeiros lugares do ranking de ocorrências criminais. O evento ocorreu na tarde desta quinta-feira, no Salão São Thiago, no Palácio Anchieta. O anúncio contou com a apresentação do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, que fez uma explanação dos dados gerais da violência contra a mulher. Garcia destacou que o Estado está reduzindo os indicadores de feminicídio desde 2010. “O Espírito Santo foi o líder de um vergonhoso ranking de homicídios de mulheres pelos últimos dez anos. Atualmente, baixamos estes registros e estamos no segundo lugar. Mas nosso objetivo é reduzi-lo ainda mais e, por isso, apresentamos estas ações que são uma resposta à nossa insatisfação com este tipo de ocorrência criminal”. Compareceram ao evento o governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB); o vice-governador César Colnago (PSDB); o secretário de Estado Extraordinário de Ações Estratégicas, Evaldo Martinelli, a chefe de Polícia Civil, Gracimeri Gaviorno; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antonio; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Marcelo D’Isep; e demais autoridades. A chefe de Polícia Civil, Gracimeri Gaviorno, será a responsável pelo projeto “Homem que é Homem” que tem como objetivo acompanhar o companheiro agressor para que novos registros violentos não aconteçam. “Os Distritos Policiais de Atendimento à Mulher contam com profissionais empenhadas e nossa proposta é ampliar o alcance deste trabalho. Os agressores participarão de encontros organizados por uma equipe psicossocial da Polícia Civil. Isso se dará, em um primeiro momento, por meio de intimação policial mas, depois, todos serão voluntários. Acreditamos que estas reuniões sejam didáticas e estabeleçam uma cultura de respeito e não-violência”, destacou. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antonio Souza do
Nascimento, ficará encarregado da expansão do projeto “Visita
Tranquilizadora a Mulheres Vítimas de Violência com Medida Protetiva”,
um desdobramento da atuação do Patrulha da Comunidade. “A intenção é
expandir para mais bairros e aumentar a área de cobertura dos
municípios, por meio do trabalho exitoso dos policiais militares que
estão atendendo estas mulheres. Com esta ampliação, teremos um contato
direto com as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que
farão a identificação das vítimas que devem receber esta atenção da PM”,
informou. "Esse encontro de trabalho é para celebrar o Dia da Mulher, porém de
forma técnica e com ações importantes. A presença de diferentes
instituições é fundamental para apresentar sugestões e alternativas.
Neste momento, apresentamos políticas públicas para combate à violência
sofrida pelas mulheres. Política bem desenhada e que em breve será
avaliada para saber seus resultados. Infelizmente, a violência tem uma
questão cultural muito forte em nosso Estado e precisamos sacudir e
muito as raízes culturais que existem aqui, no Brasil e na América
Latina, e que perpetua o machismo como algo comum", disse o governador
Paulo Hartung. "Desenvolvemos e estamos avançando nos trabalhos de polícia, mas
precisamos vestir o macacão da responsabilidade e cada um fazer a sua
parte. É necessário o engajamento das famílias, escolas, igrejas e
instituições organizadas para mudar essa triste realidade que
infelizmente é cultural", completou o governador Paulo Hartung. Para Gisele Cardoso, juíza e representante do desembargador presidente
do Tribunal de Justiça, Sérgio Bizzoto, “O Poder Judiciário do Espírito
Santo reconhece a total adequação e pertinência destes programas que
foram lançados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de
Segurança, e hipoteca seu apoio, pois somos parceiros estratégicos nesta
rede de atendimento às mulheres. O Poder Judiciário se coloca à
disposição para fazer este projeto dar certo e unir forças com outros
segmentos da sociedade de modo que, ao final, venha colher os frutos
esperados: a mudança da cultura da violência contra a mulher no nosso
Estado”.
es.gov.br
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