VIRGÍLIO BRAGA
JORNALISTA: 0003539/ES
Aconteceu na última segunda-feira (13), na Câmara
de Vereadores de Pancas, uma reunião para debater efeitos e providências sobre
a forte seca que assola o município, desta vez, sobre a triste situação da zona
rural, área mais prejudicada, já que as produções agrícolas necessitam ainda mais de
chuva. Essa estiagem é uma das maiores da história no Espírito Santo. Já na
zona urbana, a situação se complica na questão do abastecimento de água potável
para os moradores. A Cesan vem racionando água tratada, diariamente, por cerca
de seis horas. Segundo o presidente da Câmara, vereador Valdeci Basto, o Nenego
(PSL), o Poder Legislativo Municipal foi o proponente dessa reunião, onde
convidou diversas entidades ruralistas, e também produtores rurais, além de
vereadores, e o prefeito do município, Agmair Araújo, o Guima (PRP), que também
é produtor rural, no distrito de Laginha, onde reside. “Sempre sou indagado por
onde eu passo sobre o que a gente tem feito para tentar solucionar esse
problema da seca que aflige Pancas. Então, a Câmara convidou essas entidades,
além dos vereadores, o prefeito e produtores rurais, para debatermos o que têm
que ser feito”, destacou Nenego. Para a reunião também foi convidado o
presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Colatina, Edvaldo
Noventa, que tem uma grande experiência e articulação na questão ruralista. Segundo
Edvaldo Noventa, devido a forte seca o Conselho Municipal decidiu buscar
soluções para tentar ajudar cada família que depende da agricultura para sobreviver.
O que mais foi destacado na reunião foi a triste realidade em que os moradores
da zona rural já estão, e alguns ainda poderão não ter o que comer, já que suas
produções deverão sofrer uma grande "quebra". Nesse caso, em sua maioria, as
piores situações vão para os meeiros, que dividem a metade de suas produções com
os donos das propriedades. “Se os donos das terras passam apertos, imaginam os
meeiros”, destacaram na reunião. Edvaldo disse ainda que ele teme que o meio
rural seja esvaziado diante dessa forte seca. “Um diagnóstico será feito e
encaminhado a cada Defesa Civil dos municípios”, disse. Noventa destacou ainda que as
autoridades políticas devem procurar saber qual Ministério da República bancará
os recursos para tentar solucionar os problemas nas regiões Norte e Noroeste do Estado. Também
foi comentado que cestas básicas terão que ser distribuídas para alguns
moradores da zona rural que estão sem alimentos em casa. O presidente da Cooperativa afirmou
ainda que a anistia aos produtores rurais que fizeram financiamentos nos
bancos não é tão fácil de ser concedida. “Nesse ano não vai ter café e nem em 2017. Se
chover no fim deste ano e no início do ano que vem, poderemos ter uma boa
colheita de café em 2018”, destacou Edvaldo Noventa. Também estiveram presentes
na reunião, os representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores, e dos
Produtores Rurais, ambos de Pancas, Selma Guerra e Cláudio Nass,
respectivamente; o pré-candidato a prefeito, Cláudio Eggert (PSB), que também é
produtor rural, além de outros produtores rurais, os representantes do Incaper
e Idaf, Marcos Stuhr e Marcelo Souza, respectivamente; Giovani Muniz, liderança da Reta Grande; além de nove vereadores:
Gessino Reis, o Gessino Vendendor (PRP); Adelcio Coffler (PT), Juarez Mendonça
(PSDB), Geraldo Raasch (PSB), Carlos Antônio Vilarino, o Nem (PT); Joselito
Lourenço (SDD), Juarez Giles (PMDB), Fernando Oliosi (PDT) e Nenego, já citado
na reportagem. Dos nove vereadores presentes na reunião, somente Nenego e Gessino não são produtores rurais.
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