JUSTIÇA DE PANCAS CONDENA ENGENHEIRO CIVIL A QUASE 8 ANOS DE RECLUSÃO

 

 

Após quase sete anos e seis meses do fato ocorrido, a Justiça de Pancas condenou o engenheiro civil Nicolas Nunes de Almeida, de 28 anos. O júri popular aconteceu por várias horas de ontem (06), no Fórum do município. Nicolas foi condenado a sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, sendo que iniciará o cumprimento da pena no regime semiaberto.  De acordo com a decisão proferida pelo juiz Adelino Augusto Pinheiro Pires, Nicolas poderá apelar da sentença em liberdade, já que se encontrava solto. No dia 19 de abril de 2015, o engenheiro dirigia um veículo Hyundai HB20 (branco) na rodovia ES-341, que liga Pancas ao distrito colatinense de Ângelo Frechiani, quando bateu na traseira de uma motocicleta CG Fan (preto). Na motocicleta estavam Soriana Garcia Vieira, de 26 anos, e Gilmar Fernandes Filho, de 34, à época. Com o impacto, Soriana, que estava na garupa da moto, morreu na hora. Gilmar teve lesões e foi encaminhado para o hospital, onde posteriormente recebeu alta. Nicolas tinha sintomas de embriaguez, segundo a ocorrência da Policia Militar. O caso foi de grande repercussão no município. Além da condenação de quase oito anos de reclusão, Nicolas foi condenado a pagar R$ 80 mil de indenização aos pais de Soriana, e mais R$ 36 mil ao piloto da motocicleta, Gilmar Fernandes, além de custas processuais. O júri ocorrido ontem também foi marcado pelo embate até “acalorado” envolvendo o advogado de defesa, o experiente e renomado Daniel Waldemar de Oliveira, o Bidú, sempre falando sentado e até citando pessoas da plateia, com o promotor de Justiça de Pancas, Emmanuel Nascimento Gonzales dos Santos. O advogado argumentou muito e conseguiu ao menos diminuir a pena aplicada ao seu cliente. Ele chegou a dizer que a Justiça condena muitas pessoas inocentes “para satisfazer o seu ego”, criando assim bandidos, e que o Ministério Público (citando sempre a palavra Estado) sempre buscar pedir a condenação a qualquer custo. Por outro lado, o promotor Emmanuel fez de tudo para que o réu tivesse uma pena maior. Ele causou emoção nos familiares (principalmente no pai e na irmã) de Soriana quando citou e olhando para o pai da vítima, que, com certeza, ele venderia tudo que tem caso pudesse voltar a ter ao menos um abraço da filha. Posteriormente, esse ato do promotor foi questionado pelo advogado Daniel Waldemar de Oliveira. Também, Daniel citou várias vezes que o estado ruim da rodovia, à época, causou o acidente narrado aqui, além de diversos outros que aconteceram na ES-341. O salão de júri estava lotado, com as presenças de vários familiares do réu, como também da vítima, além da presença de Gilmar Fernandes Filho. Policiais militares, populares e advogados também acompanharam o júri.  Os familiares de Soriana não concordaram com a sentença aplicada ao condenado Nicolas. O advogado dele terá poucos dias para fazer a apelação. Ainda não se sabe qual medida (ou quais) o Ministério Público tomará diante da sentença proferida pelo juiz Adelino Augusto Pinheiro Pires. 

 

                                                      FOTOS: VIRGÍLIO BRAGA/ 19/04/2015

Motocicleta em que estavam Gilmar e Soriana

Veículo HB20 era guiado por Nicolas Almeida

 

 

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