Hoje, dia 15 de outubro, se
comemora o Dia do Professor. O professor é de grande importância para o mundo,
contudo, a classe é desvalorizada. O Poder Público vem descumprindo sobre o
piso salarial, por exemplo. De acordo com informações, em Pancas,
o piso salarial pago aos professores é de R$ 1.262,03, ficando na décima
segunda colocação entre os piores do Espírito Santo. Nenhum professor que
trabalha 25 horas semanais deveria ganhar menos do que R$ 1.598,59. Esse é o
valor que corresponde ao piso salarial no Brasil. Também em Pancas, 58,18% do Fundeb é aplicado,
sendo que deveria ser 60%. Mesmo assim, cada professor mantém grande
determinação em busca de uma melhor educação no nosso município, país e estado.
Professor por vários anos, o deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) fez um grande
pronunciamento na sessão de ontem (14), no plenário da Assembleia Legislativa,
em Vitória. Majeski dedicou o período da fase das comunicações para falar sobre
o Dia do Professor e repercutir a reportagem publicada por A Gazeta, recentemente, que
apresentou dados sobre os salários dos professores na rede municipal de ensino,
mostrando que quase trinta cidades não pagam o piso salarial da categoria. “O
menor salário pago é em Alto Rio Novo, R$ 906,00 para o professor de 25 horas,
menos que um salário mínimo. Quem melhor paga é Itapemirim, com R$ 2.360; o
segundo é Vitória, com R$ 2.099. O salário médio no Estado é algo em torno de
R$ 2.200. Isso é vergonhoso!”, disparou. Sérgio Majeski informou que apenas o
ticket alimentação de membros do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas é R$
2.200. “O município que melhor paga basicamente o salário é um ticket dos
juízes. Onde pode haver valorização da educação dessa forma?”, indagou. Ele
lembrou que os planos de carreiras tanto nos municípios quanto no Estado também
são pouco atrativos para o magistério. “Entra ganhando R$ 1.500 e depois de 25,
30 anos talvez chegue a R$ 2 mil. É um plano de carreira vergonhoso. Lembrando
que os professores trabalham em salas superlotadas, sem ar-condicionado, sem
estrutura. Cansei de visitar escolas onde diretores e professores tiram
dinheiro do bolso para comprar material. É assim nas redes municipais e no Estado”, lamentou
o deputado, através de sua assessoria de imprensa. Por fim, o parlamentar
recordou que a meta 17 dos planos Nacional e Estadual de Educação indicava que
até o quinto ano de vigência deles o salário dos professores deveria ser a média
de um profissional com a mesma formação.
“Hoje
é metade, quando se fala em salário, o de R$ 1.598 é o de nível médio para
professores, não para curso superior. Então ninguém cobre o piso nacional do
magistério, que é ridículo, menor que o valor do ticket de um juiz ou
conselheiro. Os professores têm pouco o que comemorar”, falou, fazendo alusão
ao Dia dos Professores, comemorado neste dia 15 de outubro.
FOTO: TATI BELING/ALES
Deputado estadual Sérgio Majeski (PSB) no plenário da Assembleia Legislativa. O parlamentar tem como bandeira a educação |
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