Pelo
menos, 5.114 pessoas vivendo com Aids recebem, atualmente,
medicamentos antirretrovirais no Espírito Santo e fazem acompanhamento nos 22 Serviços de Atendimento Especializado (SAEs)
distribuídos em todas as regiões do Estado.
O número de usuários recebendo medicamentos no Espírito Santo teve
um aumento de 86% nos últimos cinco anos
devido ao trabalho do Governo
do Estado, em parceria com os municípios, para
garantir a essa população maior
acesso ao tratamento.
Segundo
a coordenadora do Programa Estadual de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) e
Aids, Sandra Fagundes, houve uma intensificação
da realização de testes rápidos nesse
período justamente para tentar conhecer
as pessoas infectadas e conseguir encaminhá-las para tratamento nos SAEs.
“Em 2013, o Governo do Estado concluiu a capacitação de todas
as unidades básicas de saúde dos 78 municípios capixabas para realização dos testes rápidos, o que
permitiu melhorar o diagnóstico precoce e, consequentemente, reduzir a mortalidade”, disse
a coordenadora.
EPIDEMIA É ESTÁVEL
Sandra
diz que a epidemia
de Aids no Espírito
Santo é considerada estável
nos últimos cinco anos. Contudo,
não dá para
baixar a guarda. No ano passado,
por exemplo, a taxa
de detecção da doença na
Região Metropolitana de Saúde ficou maior
que a do Estado. Foram 21,8 casos
novos para cada
100 mil habitantes
contra 18,3. A maioria
dos casos de Aids no Espírito Santo, segundo a coordenadora, continua acontecendo devido
à transmissão sexual (82,7%), tendo ocorrido
um aumento de 33,8% na taxa de detecção
de casos novos entre homens
e de 68,2% na proporção de casos entre homens
que fazem sexo
com homens.
Quanto à faixa
etária, o maior aumento de casos
ocorreu entre homens de 15 a 24 anos. Há
dez anos, os
casos de Aids nesse público correspondiam a 5,4% do total, e no ano passado representaram 11,8%. Para Sandra, os números
indicam a banalização da doença entre
o público jovem e a experiência mostra
a ocorrência de sexo sem proteção.
“O que temos visto
são jovens que
não vivenciaram o fantasma da
Aids e acham que ela é
apenas uma doença crônica.
E também vemos muitos jovens
se contaminando porque fizeram sexo
sem preservativo por
diferentes motivos”, detalha. Considerando os casos de Aids no Espírito Santo acumulados desde
1985, foram notificados 9.803 casos no Estado, sendo
a maioria do sexo masculino: 6.172 (62,9%). Entre as mulheres,
o número chegou a 3.631 (37,2%). Uma razão de sexo
de 1,9 novos casos em homens para
cada caso em mulher.
TRANSMISSÃO VERTICAL
Os casos de Aids em menores de cinco
anos são um indicador
utilizado no Brasil para monitorar
a redução da transmissão vertical do HIV, ou seja,
transmissão de mãe para filho.
No Espírito Santo, a taxa de incidência da
doença em crianças menores de cinco
no ano passado foi
de 0,7 por mil nascidos vivos, enquanto
a taxa para que
seja considerada eliminada a transmissão vertical do HIV é de menor
ou igual a 0,3 por
mil nascidos vivos.
SÍFILIS CONGÊNITA
Quanto à sífilis
congênita, taxa de incidência no Espírito Santo em 2013 foi de 6,6 para
cada mil nascidos vivos. Para considerar a doença
eliminada, a taxa de detecção teria
que ficar em 0,5 casos
por mil nascidos vivos.
AÇÕES
Segunda-feira,
1º de dezembro
-
Pedágio da Prevenção
- das 08h às
12h, distribuição de preservativos e material educativo em três
semáforos de Vitória: Avenida Maruípe
(próximo ao Walmart), Avenida Jerônimo
Monteiro (próximo aos Correios)
e na descida da
Segunda Ponte.
-
Laço Vermelho
- às 12h, ato
simbólico de colocação do laço vermelho, símbolo
da luta contra Aids, na
Praça Costa Pereira, em Vitória.
-
Chá com Prosa
- das 14h às
17h, chá da
tarde no auditório do Centro de Referência de DST/Aids no Parque Moscoso – Rua
Cais de São Francisco, número 54, Parque Moscoso,
Vitória.
-
Canto Solidário - às 20h,
show com Elaine Rowena no Theatro
Carlos Gomes, no Centro de Vitória.
O evento fará homenagem à
cantora e compositora Maria Bethânia, reunindo artistas capixabas
em alusão ao Dia Mundial
de Luta contra a Aids. O ingresso custa R$ 20 (inteira)
e R$ 10 (meia) e está à venda
na bilheteria do Theatro Carlos Gomes. Informações pelos
telefones (27)
3132-8399 e (27) 99883-8403. O valor arrecadado será
revertido para uma entidade
sensível à causa da
doença.
As informações são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa)
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