sábado, 1 de novembro de 2014

VEJA A HISTÓRIA DO EX-VEREADOR GALDINO VASCONCELOS

“MESTRES DE PANCAS”


GALDINO PEREIRA DE VASCONCELOS

REPORTAGEM: JÚLIO MARIA DA SILVA

         Na edição do dia 06 de agosto de 2011, o jornalista do jornal O Mestre e já falecido, Júlio Maria da Silva, foi autor de uma reportagem sobre a história do ex-vereador de Pancas, Galdino Pereira de Vasconcelos, que faleceu neste sábado, dia 1º de novembro de 2014, aos 89 anos e dez meses. Veja abaixo sua biografia e homenagem do jornal O Mestre: Galdino Vasconcelos também é avô do diretor e proprietário do jornal O Mestre, Virgílio Vasconcelos Braga.
            Galdino Pereira de Vasconcelos, filho de Theotônio Pereira de Vasconcelos e de dona Ana Antônia de Jesus, doravante Sr. Galdino, nasceu aos 21 de dezembro de 1924 na cidade de Resplendor, estado de Minas Gerais. É casado com a Srª. Petronilha Teixeira de Vasconcelos - falecida no dia 14/12/2013 - com quem teve 11 (onze) filhos, sendo que dois (2) faleceram: Theotônio Pereira Vasconcelos e Eucir Pereira de Vasconcelos, o popular Cici da Farmácia, farmacêutico e também ex-vereador, que Pancas conheceu e com ele conviveu durante muitos anos. E ainda 24 netos e 21 bisnetos. Ele também deixou duas filhas de outra relação. Ambas residem na Grande Vitória.
            Com mais ou menos quatro (4) anos de idade Sr. Galdino veio para Pancas, na época pertencente a Colatina. “Fui direto para a roça” afirmou. Ele foram mora no local denominado Sumidouro do Pancas, distrito de Laginha, em terras próprias adquiridas por seu pai. Aqui começa a história do Sr. Galdino. Vamos a ela:
            A infância e juventude passaram-se na roça. Os estudos feitos em Águia Branca, chegando à quarta série. Encerrando o ginásio, hoje ensino fundamental. “A minha juventude foi marcada por muitas aventuras, próprias da idade, marcando presença nas festas de cidades vizinhas, Alto Rio Novo, Águia Branca e outras, também incluindo Pancas.” Segundo Sr. Galdino, sempre montado num reluzente cavalo, sempre bem vestido à moda da época, pronto para conquistar as moças namoradeiras e foi assim que se casou aos dezoitos de março de 1950 com a Srª. Petronilha Teixeira de Vasconcelos com que vive até hoje. Sr. Galdino nos afirmou que já foi católico, esteve na Assembleia de Deus e hoje é membro da Igreja Presbiteriana, da qual não pensa em largar.
            Sr. Galdino também foi um político que muito lutou para que Pancas se emancipasse. Entrou na política sob a influência do Sr. Laurindo Barbosa e Edson Machado. Foi eleito vereador de Colatina em 1953, representando Pancas, nesta época vereador não tinha salário. Era gostar mesmo de política e querer trabalhar por causas justas. Mas junto com Sr. Galdino estavam também Laurindo Barbosa, Rubens Pereira da Silva, Altamiro Nóia, Carlos Clen de Oliveira, Roberto Felipe e Sebastião Ribeiro. Todos já falecidos, exceto Sebastião Ribeiro, que hoje reside em Vila Verde, distrito de Pancas.
            Sr. Galdino exerceu um mandato por Colatina e quatro por Pancas. Nesta época os vereadores de Pancas se uniram aos vereadores de São Gabriel da Palha e assinaram o requerimento para a emancipação de Pancas e São Gabriel respectivamente. A emancipação ocorreu com a assinatura da Lei Nº 1.837 de 21 de fevereiro de 1963. Pancas emancipou-se às 15h30min do dia 13 de maio de 1963. Lá estava o nosso Mestre de Pancas todo garboso e cheio de orgulho por ver o seu município emancipado. A alegria e emoção eram contagiantes. Um sonho acalentado por muitos que se tornou realidade.
            Sendo vereador por cinco mandatos, Sr. Galdino atuou com bastante zelo e responsabilidade, sendo de sua autoria indicações para construção de pontes, 12 escolas, abertura de estradas e dezenas de outras obras. Atuou também na coordenação de professoras (es) e no atendimento aos mais necessitados. Por sugestão da professora Marinez Duarte, hoje residente em Vitória capital de nosso estado, Sr. Galdino apresentou à Câmara Municipal o projeto de Lei nº 060/68 de 27 de dezembro de 1968 dando à cidade o Título de “Cidade Poesia”. Título que traz muito orgulho ao povo panquense. Nas obras descritas acima, o Sr. Galdino confessou que as inaugurações eram marcadas por grandes comemorações e eventos próprios da época. Ele afirma que já doou 12 arroubas de boi para a inauguração da estrada ligando Sumidouro do Pancas a Laginha, e que ela foi aberta a enxadão. Certa feita segundo o Sr. Galdino, Jairo Soares Batista, falecido em dezembro de 2010, doou 40 quilos de carnes para o povo durante eventos ocorridos nestas inaugurações.
            Sr. Galdino exerceu os quatro mandatos durante a gestão dos seguintes prefeitos: 1-Antônio Mário Eugênio Ruschi; 2- Laurindo Barbosa; 3- Nilton Sá foram nomeados. Em 31 de janeiro foi empossado o primeiro prefeito eleito: 4- José Nunes de Miranda; 5- Wilson Haese; 6- Laurindo Barbosa; 7- Walace dos Santos Alcure e 8- Walter Haese. Note-se que Laurindo Barbosa foi nomeado na primeira vez e no segundo mandato foi eleito. Estão vivos ainda para testemunhar a história Wilson Haese (PMDB), Walter Haese (PMDB) e Walace dos Santos Alcure (PSD).
           

Foto: Júlio Maria da Silva

Galdino Pereira de Vasconcelos e sua esposa Petronilha Teixeira de Vasconcelos.

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